quarta-feira, 30 de julho de 2008

Notícias de Hoje e para depois de amanhã – 24/07/2008

Aqui Dentro

Estou sem contato com a Polônia. Nada sei. Nenhuma referência de tempo e espaço para um intervalo de tempo e espaço desconhecidos. Minha curiosidade e imaginação são inquietas. Assim como é inquieta minha alma. Não sou sóbria, graças a Deus.

Lá Fora

Homens de terno descolorem a paisagem na Vila Olímpia. O céu é frio pela manhã. A segunda metade da manhã é quente para um dia que é solitário.

Do Lado de Dentro

Minha memória foi criptografada e segue segmentando o presente que me contêm. Aleatória, a memória engole o Agora que é o único lugar onde é possível Ser o que se É. Enquanto isso, homens de terno descolorem a moldura do meu olhar.

Para o Lado de Fora

Elevadores passeiam enquanto pessoas caminham. Plantas e placas e pedras e asfalto e prédios permanecem no mesmo lugar habitual em que acordam e dormem, fingindo ser a cidade. Morrerão assim. Morreram assim...

De Fora pra Dentro

Faz um mês que não chove nesta cidade. Faz um mês que não chove em São Paulo. E durante a tarde faz calor à beça. E a noite... Ah, a noite escurece, é claro! A cortina negra se abre sobre o céu, trazendo um frio que enche as casas de mistério.

Mais para Dentro

Àqueles que não tem por quem esperar, para aqueles que não tem alguém que esteja na Polônia, ou em Praga ou até na Croácia, a noite chega realmente mesmo fria. Onde quer que estejamos, somos exatamente o lugar onde estamos. Tanto um quanto o outro.

Tanto um quanto o outro

Querer a Presença é a vontade de se beber a Alma. Mas a alma não se bebe, não se engole, nem se absorve. Confia-se uma para a outra. E nisto reside uma parte da Beleza.

Insight

(De Dentro para Fora) Consumir a presença é como por todo o mar num conta-gotas.

Bem no Centro

Para hoje minha alma venta. E venta também um pouco lá fora. Mas pouco importa, estou no 2º andar... E não vou ousar, por enquanto, descer pelos elevadores para fumar um cigarro.

Estou na Vila Olímpia. Mas só eu estou na Vila Olímpia, apesar de tanta gente que está por aqui... Eu, cheia de inquietações e bobagens femininas, vento como na Vila Olímpia. Como me cansa minhas bobagens. E por isso eu vento!

Vou Embora

Ainda bem que amanhã é sexta, por que amanhã eu vou pra Varsóvia. Ou pra Praga e até pra Croácia, porque lá é verão. Ah, aqui na Vila Olímpia eu não fico mais! Tudo é tão estranho: tem plantas e prédios e elevadores e placas e até pessoas... Mas falta alguma coisa, alguma coisa de Cor, alguma coisa de Luz e Calor na Vila Olímpia.

Acho que amanhã vou pra Polônia...