Dentro do elevador uma nuvem de palavras deixa que os andares de tempo passem em brancas lacunas.
A porta se abre e num susto esperado ela segue num corredor de silêncio para a porta que deixa de fora o que deveria estar por dentro.
Observa, com os olhos fixos de fantasia e fumaça, rosto a rosto disfarçadamente para si mesma.
E caminha sem saber dos passos nem de coisa alguma.
Perde a atenção para um arco-íris preto e branco. E volta os olhos para dentro de si procurando apenas uma cor na aquarela em que tudo fica misturado.
Incompleta percebe aquela cor que está, mas não lhe pertence.
Porque não há tinta
Não há pincel
Há só uma tela em branco e uma folha com rasuras
- “Olha quem vem ali!”.
Quanta beleza perde-se num sonho...
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