segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Teu olho pra mim Pérola Negra
Meu coração na zabumba
Balança
Seu tom é verde-rosa-mangueira
Quero toda tua Cor que seja minha
Qualquer uma que seja


Que se faça
Do teu carnaval a minha avenida.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sem Noite

Observa o Céu que não resiste...
Arrebenta-se num choro solene
Chuva quase cantada
Num coral uníssono.
E eu, sonhando em pensar que Sei e que ora Estou e que talvez até Onde, ambiciono também derramar-me em lágrimas igualmente verdadeiras.
Não há Onde neste mundo e nem em qualquer outro.
Porque aqui, neste mundo, somos apenas um vulto no escuro que muda de Lugar.
O escuro é que muda de lugar.
Tenho um Eu Vulto: não me esconda!
Me encontro como a violência de um silêncio forçado
E também como esta chuva que está, mas não existe.
Repito que não existe: não me encontra!
Espreito então o vão da minha inércia resistente
O vão da minha inércia recorrente
Que é para arrancar de mim aquilo que não sou, mas estou por insuficiência crônica da Alma cansada.
Ah! Quero chover como esta água que se despe para um céu mudo e solitário.